A Nuvem de Deus
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Já fitaram hoje o céu misterioso,
Mergulhado por uma nuvem cinzenta,
Carregada de dor sobre o globo ocioso,
Essa parca criação que Deus lamenta?
Cambiaram a caridade pela corrupção,
Preferiram as hostilidades à paz
Aclamaram a vaidade e a ambição
Num egoísmo que ao homem apraz!
Nas ruas, a nuvem passa despercebida,
Todos ignoram o seu derradeiro enigma,
Fogem até das suas lágrimas guarnecidas.
O homem desvirtua o amor fraterno,
Aprovando a mentira do seu coexistir:
A ilusão de que o seu auge é eterno.
Imagem retirada algures da Internet
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