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Nesta página electrónica, encontrará poemas e textos de prosa (embora estes últimos em minoria) que visarão várias temáticas: o amor, a natureza, personalidades históricas, o estado social e político do país, a nostalgia, a tristeza, a ilusão, o bom humor...

domingo, 5 de maio de 2019

Poema nº 342 - O Massacre dos Inocentes


O Massacre dos Inocentes
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)


O alarido irrompe pelo vilarejo
Soldados, mandatados pela morte,
Arribam para semear o pânico
Gritos ecoam pelas ruelas
E logo se ocasiona uma pintura lúgubre
Traços vermelhos esbatem-se nas paredes
Sangue salpicado de bebés inocentes
Cujo choro agudo foi suprimido
Pelo desferir das raivosas espadas!
Belém já não é um lugar de paz
Mas antes um cemitério de crianças
Cruelmente degoladas,
Abandonadas pelo solo
Ou nos braços das suas mães
Impotentes, incrédulas, devastadas!
Herodes, patrocinador do infanticídio,
Sente que o poder o endeusa,
E vive para a soberba e a ganância,
Mas algo o inquieta,
A sombra de um futuro
Que o vulgarize
Que possa trazer alguém superior!
A loucura do rei ímpio
Provocará nas mães rios de lágrimas
Que rasgarão o deserto
Desaguando no Mar Morto!
Mas o rei da Judeia é apenas um mortal,
Que incutiu temor nos súbditos,
Porém, o sol não deixou de nascer
E a lua não fez atrasar o tempo,
A hora de Herodes chegaria,
E o Menino que ele queria eliminar,
Nasceria mesmo em Belém
Como alegavam as profecias!
Entraria um dia em Jerusalém
Montado num jumento:
Não trazia ouro para corromper
Ou exércitos para impor o medo,
Apenas a primazia do amor
Um novo amanhã para a humanidade!





Imagem meramente exemplificativa retirada de: https://pt.zenit.org/.../herodes-o-grande-um-covarde-com.../

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