O Barco do Poeta
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
O poeta é como um barco à deriva
Que encontra a solidão no alto mar
Deixando-o numa posição contemplativa
Perante o céu, as ondas sem cessar!
Mas a embarcação revela-se frágil
Mesclando rumos contraditórios
Nas diversas marés de ritmo ágil
Onde pontificam fados aleatórios!
O poeta pesca palavras de ardor,
Não para garantir a sua sobrevivência,
Mas para encher a alma de candor.
Se o barco naufragar nas profundezas,
Perdem-se os versos, a arte do imaginar,
Tesouros que só o futuro poderá desenterrar!
Imagem retirada de: https://utopiaerestu.wordpress.com/ (DiZa)
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