Abutres do nosso Mundo
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Onde subsiste a carnificina
Militam os abutres por perto
Promotores da fatídica sina
Em que a morte é o deserto.
No silêncio forçado das vítimas
Reside a sua hegemonia nefasta
Traduzida em investidas ilegítimas
Sentenças de uma sorte madrasta!
Eles desvelam uma perspicácia atroz
Secundados pela teia de carrascos
Que exorta à perseguição feroz!
Embora se alimentem da repressão
E das suas dissimuladas aparências,
O seu interior é lotado pela erosão.
Imagem retirada de: http://atnatureza.blogspot.pt/2016/07/abutres-em-abundancia-no-douro.html
Nota-Extra - A crítica é essencialmente direccionada, não às aves, mas aos abutres humanos que não teimam em largar o poder, não respeitando os direitos do povo ao qual deveriam servir.
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