Se apagassem a nossa memória
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Se apagassem a nossa memória
E nos reinstalassem numa ilha,
Repleta de gente sem história,
O pensar não sairia da escotilha!
O primeiro reencontro seria sinistro
Tu sentirias um deja-vu sensual
E eu uma contemplação sem registo:
Repetida fórmula quântica matinal!
Porque o sentir vence sempre a razão
Mesmo que se baralhem as cartas
Por vezes afins até à plena exaustão.
E a lua agora cai junto das palmeiras
Amadrinhando a nossa poesia ardente
Que prevalece sobre a amnésia latente!
Imagem retirada de: http://www2.uol.com.br/
Sem comentários:
Enviar um comentário