Sono Eterno
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Como venero aquele sono imortal
Embriagado pela brisa apaziguante
E pela música dos pássaros do quintal
Que conjugam o limbo reconfortante!
Distanciado das agruras quotidianas
Ali estou, sozinho, na janela do nada
Num universo de normas cartesianas
Onde comungo de cada hora vaga!
Sinto-me o Deus da minha paz interior,
Pratico a religião livre do subconsciente
Onde não há preconceito nem dor!
Se estar morto é viver todo esse sono,
Então a morte é um privilégio único:
A fuga a um mundo que é nosso dono!
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