Sento-me neste anfiteatro
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Sento-me neste anfiteatro
Miro o horizonte de sombras
Desapossado do meu olfacto
Da maresia das tuas ondas.
Ouço o chilrear dos pardais
Vejo um cão solitário a passar
Mas é da tua falta que sinto mais
Porque eras a alegoria do meu amar!
Irrompe um assobio pelos arbustos
Talvez o espectáculo vá começar
E tu ali estejas para me encantar.
Mas não, sou eu que me iludo:
Herói de um palco sem elenco
Bastardo abandonado pelo tempo.
Foto da minha autoria
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