A Donzela Montanhesa
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
A minha indefinição brumosa
Logo se desvaneceu no horizonte
Quando te vi, mulher formosa
Rainha do mais altivo monte!
O teu cabelo de âmbar semeava
Grãos de ilusão bruscos e letais
Que irrompiam em inveja declarada
Dos que aspiravam aos teus recitais.
Mas a tua boca era um verso solto:
Virgem, de rígida solidão conventual,
Que almejava, numa noite mágica, rimar!
Queria ser eu a alcançar o cimo da serra,
Para me prostrar no teu mosteiro pagão,
E beber do vinho jorrado do teu coração!
Imagem retirada algures da Internet/Pesquisa Google Imagens
Sem comentários:
Enviar um comentário