Arena do Martírio
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Nesta arena de lobos esfomeados,
Vejo-me encurralado pelo anseio,
Vencido pelos sonhos açoitados:
Não há sol no meu nublado receio!
O desespero cobre o solo indigente
Os portões omitem negras surpresas:
Falsos cordeiros de olhar negligente
Alcateia de almas, sóbrias impurezas!
A plebe converte-se ao entusiasmo
Nas bancadas, saúda a cena trivial
Visa os desgraçados com sarcasmo!
Os portões abrem-se, saem as feras
Que dilaceram a minha ingénua carne:
Indigno pó deste "santuário" grotesco.
Magnífica Foto da autoria de Trey Ratcliff in Flickr
Nota-extra: O soneto contém uma profunda componente metafórica.
Sem comentários:
Enviar um comentário