Dói-me
(Poema da autoria de Laurentino Piçarra)
Dói-me
Viver cada dia sem te ver
Sem te dizer que foste a mulher
Que sarou o meu coração oprimido
Quando eu já não acreditava no amor!
E mesmo não merecendo a tua brandura
A verdade é que te sou devedor:
Provaste que estava equivocado,
Que voltaria a sentir o calor da paixão,
E mesmo não sendo correspondido
Agradeço-te a ternura,
A arte do teu ser
As pétalas do teu sorriso rosado!
Tudo o que tu fazias
Estava certo,
Eras pintora do meu sorriso
Escultora da minha auto-estima!
Mas as forças ocultas me furtaram
Desse paraíso sentimental
Sem me despedir de ti,
Sem te prestar o meu elogio!
Não sou digno do teu pedestal,
Da tua dignidade de princesa
Comprometida diante das estrelas!
E por isso, deixei de te visitar
Resignado pela tortura da realidade
Pela impotência do futuro.
Resta-me agora ser um vilão da noite
Que se refugia na poesia
Na ilusão da escrita
Para perpetuar a tua grandeza
O teu exemplo que me inspira!
Imagem retirada algures da Internet
Sem comentários:
Enviar um comentário