Culto da Solidão Perpétua
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Inúmeros anos se atravessaram
Sem avistar a luz do teu rosto!
Muitas memórias se eclipsaram
Consagrando o eterno desgosto!
Celibatário devido à tua ausência
Encho a pia baptismal com lágrimas:
Água cristalina da minha dissidência
Saudosa do corpo que esgrimas!
Enquanto monge que por ti professo
Apenas não me coíbo dos sonhos:
Vitrais do nosso mútuo regresso!
Mas não há profecia que nos una:
Tu és agora uma mãe virtuosa
E eu poeira que o vento fuma!
Imagem retirada de: http://www.instagramator.com/tag/Vitrais
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