Brisa Solitária
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)
A brisa é uma melopeia
De um tempo nostálgico
Que nos invade a alma
Hipnotizando a nossa disposição
Anestesiando o pessimismo,
E maravilhados
Não percebemos nada
Porque o incógnito é perfeito,
Enigmático,
E a música, invisível,
Mas que conforta os peitos
Dos futuros esquecidos.
Dançamos o tango da vida
Com pares aleatórios,
Mas somos carne, quase pó,
Perante o Universo.
Ah! Quando o tempo muda
E adere à música pesada
Os ciclones devastam-nos
E uma vez mais
Perguntamos:
Porquê?
Não há respostas,
Não há verdades absolutas,
Apenas melodias que ficam
Sentimentos que voam
Corpos que expiram,
Brisas que aliviam o pranto
E a descrença permanente!
Foto da autoria de Lola Martínez Sobreviela em: https://www.fotocommunity.es/.../brisa-lola.../41487906
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