Chuva Sentimental
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
O céu vai-se trajando de negro
E as sombras, filhas da luz artificial
Depositam em mim o desassossego
Um amor granizado e superficial.
Rebentam dois ou três trovões
Rasga-se a cúpula dos sonhos
Não há espaço para anfitriões
Sobram espectros medonhos!
E nisto, sei que me abandonei
Vi a resignação como amnistia
Perdi o futuro que não sondei!
Mas de nada servem as lágrimas
Já bastam os aguaceiros nocturnos
Pingas que aliviam corações soturnos.
Imagem retirada de: http://www.oblumenauense.com.br/blumenau-deve-ter-pancadas-de-chuva-a-partir-da-noite-desta-quinta-feira-8/
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