Sonhos Taumatúrgicos
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
O sonho é a expressão do milagre aleatório
É um mundo que faz renascer quem já partiu
Que finta os ditames lúgubres de cada velório
Camarinha que cura a morte, o tempo que ruiu!
Divaguei, atraído pelos seus insondáveis mistérios
Não sei se vi Deus, talvez seja Ele a soma de tudo,
Mas aqui não há lugar para os triviais magistérios
O saber sonhado não se decifra, é ilógico no conteúdo!
O nada deixa de ser um cativeiro do silêncio
Os entes queridos viajam pelo nevoeiro cerrado
Até à luz ao fundo do túnel, lar da nossa mente!
Eles mergulham na casualidade do subconsciente
Para desempenhar o papel principal da vida oculta,
Num enredo sem leis ou limites, e da dor ausente!
Imagem meramente exemplificativa retirada algures do Google
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