Verdades Distantes
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)
Se a verdade é uma meta fútil
Para ti
Que queres o mundo
Por favor,
Não vás para a política
Ludibriar a arraia-miúda,
Não vás para a banca
Ajudar os teus amigos
À custa do erário público,
Não vás para juiz
Ou detective
Porque a falsa imparcialidade
Sentencia pobres inocentes.
Distancia-te das decisões,
Monta antes uma loja
Aprende o que a vida custa,
E dessa lição,
Verás que o povo tudo merece,
Incluindo a verdade.
Não venhas com a demagogia
E todo o tipo de artifícios
Aviso-te que a mentira fácil
Nem sempre camufla eternamente
As intenções caprichosas que te guiam!
Se estiveres descontente,
Tens ainda a agricultura,
Ao menos, cultivarás algo
E a enxada te fará bom homem.
Nunca te consideres especial
Porque como tu há milhões,
Mas também não queiras ser sósia
Ou imitação barata de alguém,
Tenta fazer o teu caminho.
Mas na hora da verdade,
Junta-te ao povo,
Mistura-te com ele,
Brinda à saúde de todos,
A moralidade popular prevalece
Sobre qualquer curso académico
Ou amizade estratégica.
Não podemos escolher os nossos rostos
Nem as origens,
Mas podemos sempre definir:
Os espelhos interiores do nosso carácter
E as camas em que nos deitamos!
Imagem meramente exemplificativa retirada de: https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2016/04/um-debate-sobre-o-mal-do-pais-a-corrupcao-5712962.html?
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