O Franzino Magnífico
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)
Lá vai o franzino
Esgueira-se pelas portas
Finta a polícia
Ludibria os mauzões
Todos o perseguem
Mas ninguém o alcança,
Ele corre trajado de negro
Munido da sua bengala
E do seu chapéu de coco.
Dá-se pelo nome de Charlie,
O génio improvisa,
Constrói e desconstrói,
Emerge da confusão da vida,
Fazendo os outros sorrir
Com a sua simplicidade,
A ousadia das suas intenções!
Ele mal fala,
Mas cuida do seu bigode,
É o sábio do humor
Que reina sem palavras.
Luta, dança e corre
É a realização humana
Que dispensa bússolas
Ou planos!
Tudo é frenético e intenso
O momento faz a existência
E se assim não fosse,
Charlie nasceria na hora errada,
Num mundo eternamente adiado,
Mas graças à sua volúpia incessante
Até o Universo
Ele conseguiu pagodear.
Imagem antiga de Charlie Chaplin extraída após uma pesquisa no Google
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