O Jardim de Confúcio
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)
Os olhos lívidos do jovem chinês
Manifestam-se na hora do luto
Confúcio chora pelo pai
Confúcio chora pela mãe
Confúcio chora pelo seu torrão natal
Ele vê a morte em todo o lado
Mas resiste ao jogo do poder
E à raiva dos guerreiros
Que ensombram a sua era!
A dor transforma-se em labor:
Apesar de correrem rios de desgosto
Nas suas veias impolutas
A natureza humana é ainda a sua fé!
Quando retorna à sua rotina
Ele cuida de um jardim
Preenchido por flores raras:
Uma chama-se integridade
Outra lealdade
A terceira, honradez!
Dizem que é um jardineiro social,
Um filósofo da moralidade
Que desafia as nuvens
Inimigas das plantações pacíficas!
Resta-nos aprender
Pegar numa simples pá
E cultivar as nossas flores.
O nosso jardim nunca será tão belo
Como o de Confúcio,
Mas isso pouco importa
As maiores estrelas do Firmamento
Não retiram brilho às demais!
Imagem retirada algures do Google
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