Poeta do Bom Vinho
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)
Poeta que é poeta
Bebe vinho, e do melhor,
Seja em cálices de pedra
Ou da mais modesta madeira,
Ritual que aquiesce labaredas
Inebriantes aos desejos das almas,
Que anseiam pelo significado maior
Da sua efémera existência.
A escrita tem de ser ardente
Sentida pelos prazeres de Baco,
Abraçada na anarquia do desconhecido,
Expressa ao mais ínfimo contacto
E cada verso tem de ser como um gole
Suave mas determinado
Que ouse tragar o líquido tinto
Combustível que no corpo desponta
Lavrando fogueiras de amor!
Vinhos existem para todos os gostos
Rótulos cada um os emoldura
Tudo é subjectivo para o provador
Que depois de um copo cheio,
Absorve o perfeito e o imperfeito,
Perdendo-se entre as metáforas
Da sua insigne poesia.
Imagem meramente exemplificativa retirada algures do Google
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