Esferas e Cilindros
(Poema livre da autoria de Laurentino Piçarra)
Nada sei sobre gravidade e matemática
Não herdei o dom de Arquimedes
Nem nunca calculei a Circunferência da Terra
Como Erastótenes de Cirene!
No silêncio das esferas e cilindros,
Sentimentos circulam em espirais
Sem encontrarem uma saída
Porque tudo vai e volta
Como se não houvesse fim,
Mas como em tudo na vida
Há esferas incompletas
Cilindros com aberturas
Memórias artificiais
Oriundas do Nada
Que por ali ecoam
Traindo a geometria natural
Daqueles que traçam curvas íntegras
Laborando na matemática pura
Das verdades que nos sentenciam,
E por muito que fujamos do globo,
Ou da nossa esfera interior,
Pouco poderemos mudar,
Somos o que somos,
Mesmo que nos mintamos
A cada dia que passa
Até porque a geometria inacabada
É fácil de desvendar,
Mas quase impossível de completar
Quando não ressuscitamos a cada dia!
Imagem meramente exemplificativa retirada de: https://pt.aliexpress.com/i/32864111927.html
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