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Nesta página electrónica, encontrará poemas e textos de prosa (embora estes últimos em minoria) que visarão várias temáticas: o amor, a natureza, personalidades históricas, o estado social e político do país, a nostalgia, a tristeza, a ilusão, o bom humor...

domingo, 29 de novembro de 2015

Poema nº 142 - Arsénio, Grão-Mestre da Seita dos Mal-Dizentes


Arsénio, Grão-Mestre da Seita dos Mal-Dizentes 
(Poema Humorístico/ Tercetos da autoria de Laurentino Piçarra)


O Mal dizer é uma arte por aflorar,
Ensina-nos o grão-mestre Arsénio 
Cuja boca é um punhal de invejar!

A sua seita segue-o até um palacete,
Aí escutam os seus mandamentos
Que ostracizam cada cidadão diabrete!

Nos cafés, Arsénio é o orador central,
Diz mal de um presidente prepotente 
Ou da velha empregada que cheira mal!

A sua fonte cheia de sátira e fatalismo
É o garante de escândalos e audiências
Que saciam a sede do nosso jornalismo!

Nas redes sociais, o Arsénio é temido,
Dispara logo em todas as direcções,
Afirmando-se como o rei das atenções!

A sua seita elenca os erros de outrem,
E a necessidade urgente de moralização
Que dos imbecis não pode ficar refém!

Uma vez o Arsénio transgrediu as regras,
Envolveu-se no pinhal com uma brasileira,
Não controlando a histérica barulheira!

Descoberto pelos seus leais discípulos 
Arsénio, exposto num deplorável nudismo,
Replicou - "Nunca viram, seus cornículos?"




Imagem retirada do Youtube

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