Arsénio, Grão-Mestre da Seita dos Mal-Dizentes
(Poema Humorístico/ Tercetos da autoria de Laurentino Piçarra)
O Mal dizer é uma arte por aflorar,
Ensina-nos o grão-mestre Arsénio
Cuja boca é um punhal de invejar!
A sua seita segue-o até um palacete,
Aí escutam os seus mandamentos
Que ostracizam cada cidadão diabrete!
Nos cafés, Arsénio é o orador central,
Diz mal de um presidente prepotente
Ou da velha empregada que cheira mal!
A sua fonte cheia de sátira e fatalismo
É o garante de escândalos e audiências
Que saciam a sede do nosso jornalismo!
Nas redes sociais, o Arsénio é temido,
Dispara logo em todas as direcções,
Afirmando-se como o rei das atenções!
A sua seita elenca os erros de outrem,
E a necessidade urgente de moralização
Que dos imbecis não pode ficar refém!
Uma vez o Arsénio transgrediu as regras,
Envolveu-se no pinhal com uma brasileira,
Não controlando a histérica barulheira!
Descoberto pelos seus leais discípulos
Arsénio, exposto num deplorável nudismo,
Replicou - "Nunca viram, seus cornículos?"
Imagem retirada do Youtube
Sem comentários:
Enviar um comentário