Querida, chove tanto!
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Querida, vê como chove tanto:
O teu cabelo são gotas de arte
Que silenciam o meu pranto
Na dor que me é baluarte!
O salpicar húmido do teu rosto,
Refresca a mente adormecida
Os olhos de um príncipe deposto
Que viu em ti a derradeira guarida!
E os teus aguaceiros torrenciais
Percorrem os nossos corpos nus
Decifrando equações ancestrais!
E continua a chover intensamente
Talvez lá fora, seja imprudente abraçar
O mundo que, cá dentro, nos faz amar!
Imagem meramente exemplificativa retirada de: https://www.youtube.com/watch?v=aWTlnTsXguI
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