O Baú Perdido
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Um lago de emoções nos sentencia
Enguias depressivas dão às margens
Lampreias inertes cortejam a heresia
Das águas submetidas às clivagens.
Do exterior, resta a paisagem moribunda
Nas profundezas, a agitação é mandamento
De uma lua que já foi mãe, hoje vagabunda
Perdida num naufragante silenciamento.
Esfacelam-se as cores da esperança
Já não há ponte ou barco que nos valha
Aceitemos a separação como herança!
Poluímos os sonhos do nosso amanhã
Abandonamos o amor no fundo do lago
Num baú de memórias sem talismã!
Imagem meramente exemplificativa retirada de: https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-garrafa-o-bau-e-o-mapa-hiatsu-8669242/capitulo2
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