A Curandeira do Amor
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Vagueaste pela minha imaginação
Mas sei que no fundo não existes
Porque idealizas toda a perfeição
O único paraíso dos homens tristes.
Não te voltarei a reproduzir na mente
Nem serei traidor da realidade frívola
Porque és um anjo perdido a poente
E eu não quero jazer na ilusão florida.
Viverás como fiel curandeira dos rios
Como ninfa vestal dos homens aviltados
Que ali olvidam seus deslustres sombrios.
Já me saraste com as tuas palavras
Mas agora permite-me que te deixe
Num até nunca, num sonho vazio.
Imagem retirada de: https://lulenag.wordpress.com/2013/04/09/anjo-mulher/anjo-mulher/
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