O mar mítico da Aguda
(Quadras da autoria de Laurentino Piçarra)
Acerco-me do farol ousado e inexpugnável,
Aquele que não se deixa derrubar pelas ondas,
Que não se corrompe pela energia insondável
Dos monstros marinhos das marés tontas.
O saboroso peixe nivela o mérito da aldeia,
O pescador é o guardião das tradições locais,
A peixeira difunde a arte por cada futura ceia:
E à mesa, enaltecem-se as raízes ancestrais.
Aguda tem ninfas de fisionomia indescritível,
Ocultam-se por entre as algas dos rochedos
Alimentam-se daquele mexilhão inolvidável,
E à noite, os búzios revelam seus segredos.
Queria mergulhar naquelas águas profundas,
Descortinar o seu aglomerado submerso
Que abriga inúmeras memórias fecundas
E depois, numa tábua, narrar tudo em verso!
Fotografia da autoria de Soto120773 no Flickr
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