O Legionário Romano de São Cucufate
(Poema da autoria de Laurentino Piçarra)
Palmilho os carreiros da história,
Munido de uma espada reluzente
Canto a Júlio César a minha vitória
Revelando a minha alma impelente!
Na villa reside um senhor audacioso
Que se banha em termas relaxantes
E brinda cada convidado primoroso
Com vinhos de talha exuberantes!
A mansão é um hino à arquitectura
A sua dimensão um poema à opulência!
As fachadas e as varandas de irreverência
Preenchem um cenário de larga fartura.
Do segundo piso, ele avista a paisagem
Acompanhado de sua mulher graciosa
Que exala uma fisionomia vistosa:
É fruto proibido que gera miragem!
No vetusto templo oramos a Baco
Para que zele pelos nossos vinhedos
Emprestando a firmeza de seu braço
Libertador dos mais remotos medos!
As águas dos tanques saciam a sede
Dos criados que laboram com ardor
Naquele lagar prensado de sabor
Que puro vinho ou azeite expede!
Na entrada, vejo uma oliveira frondosa
Que derrama e entorna lágrimas de Pompeia
No meu agitado vulcão que lava galhardeia
Por causa duma bela mulher de Pax Julia!
Ó Vénus, ajudai-me na busca pelo amor
Já que o meu amuleto não atrai sorte
Mas sim uma intensa e horrenda dor
Que me abandona à beira da morte!
Mas não há tempo para o profundo sentir!
Empenho-me na missão que me confiaram:
Proteger o que outros ousaram produzir,
Salvaguardar as inovações que brotaram!
O meu ofício é de moderado esmero
Não vislumbro salteadores na região:
Subsiste pão e paz neste sadio tempero
E uma aragem que serve de inspiração!
Um dia, perto do aqueduto, topei um gato
Desmaiei com o calor e tive uma visão:
Nesta terra, nasceria um futuro mosteiro cristão
E seria também berço dum escritor de talento nato!
Acordei socorrido pelos criados apreensivos
Acalmei-os e disse-lhes que éramos uns vencedores
Porque residíamos numa terra pré-destinada
A almejar os píncaros dos divinos louvores!
Munido de uma espada reluzente
Canto a Júlio César a minha vitória
Revelando a minha alma impelente!
Na villa reside um senhor audacioso
Que se banha em termas relaxantes
E brinda cada convidado primoroso
Com vinhos de talha exuberantes!
A mansão é um hino à arquitectura
A sua dimensão um poema à opulência!
As fachadas e as varandas de irreverência
Preenchem um cenário de larga fartura.
Do segundo piso, ele avista a paisagem
Acompanhado de sua mulher graciosa
Que exala uma fisionomia vistosa:
É fruto proibido que gera miragem!
No vetusto templo oramos a Baco
Para que zele pelos nossos vinhedos
Emprestando a firmeza de seu braço
Libertador dos mais remotos medos!
As águas dos tanques saciam a sede
Dos criados que laboram com ardor
Naquele lagar prensado de sabor
Que puro vinho ou azeite expede!
Na entrada, vejo uma oliveira frondosa
Que derrama e entorna lágrimas de Pompeia
No meu agitado vulcão que lava galhardeia
Por causa duma bela mulher de Pax Julia!
Ó Vénus, ajudai-me na busca pelo amor
Já que o meu amuleto não atrai sorte
Mas sim uma intensa e horrenda dor
Que me abandona à beira da morte!
Mas não há tempo para o profundo sentir!
Empenho-me na missão que me confiaram:
Proteger o que outros ousaram produzir,
Salvaguardar as inovações que brotaram!
O meu ofício é de moderado esmero
Não vislumbro salteadores na região:
Subsiste pão e paz neste sadio tempero
E uma aragem que serve de inspiração!
Um dia, perto do aqueduto, topei um gato
Desmaiei com o calor e tive uma visão:
Nesta terra, nasceria um futuro mosteiro cristão
E seria também berço dum escritor de talento nato!
Acordei socorrido pelos criados apreensivos
Acalmei-os e disse-lhes que éramos uns vencedores
Porque residíamos numa terra pré-destinada
A almejar os píncaros dos divinos louvores!
Villa Romana de São Cucufate (Vila de Frades)
Imagem retirada de: http://sitiodocostumes.blogspot.pt/2013_10_01_archive.html
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