O Desterro da Cara-Metade
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Queria conhecer a árvore primorosa
Sim, aquela que me foi predestinada
Pelas imensas constelações do Firmamento
Para me aconchegar nesta era conturbada.
Decerto que ainda não te descobri,
Senão brilharias com semelhante fulgor
Conquistando logo os meus olhos húmidos
Com os teus belos frutos que saram qualquer dissabor.
Vasculhei por uma infinidade de arbustos,
Penetrei em diversos e longínquos pinhais
Mas não detectei o teu perfume e cerejas celestiais!
Fui explorador como Marco Polo, encetei várias tentativas,
Mas deparei-me com a desesperante burocracia da vida,
Que o nosso desencontro alimenta com as suas partidas.
Imagem retirada de: http://www.planetadablogueira.com/2011/09/dia-da-arvore.html
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