O "Velho do Restelo" interpretado pela Dona Conceição
(Soneto da minha autoria)
Rabugenta como o Velho do Restelo,
Assim sou eu, a pessimista da nação!
Ó Camões, nós estamos em privação:
Vivemos num total descrédito e desmazelo!
Estamos agora bastante endividados
E já não vamos à Índia das especiarias,
Mas rumamos à Alemanha das avarias!
Somos afinal uns pobres coitados!
A minha mercearia só dá prejuízo,
Os meus produtos, mais tributados estão,
Quando é que termina a desilusão?
Tenho dois jovens filhos desempregados,
Um deles, sem cunhas, até procura emigrar!
Até para eles neste país já não há lugar!
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