Necrópole da Juventude
(Soneto da autoria de Laurentino Piçarra)
Ó querido Abril, mês da liberdade
Não viste tu tantos cangalheiros
Que apunhalaram a tua seriedade
Só por interesses de terceiros?
Abril, merecias tu semelhante necrotério
Repleto de jovens órfãos e renegados
Sem direito a lápides neste cemitério
Situado algures nos montes abandonados?
Diz o sábio povo que são bem pagos:
Esses ruins enterradores do futuro
Que só a eles pertence por seguro!
Saudades de Salgueiro Maia e Zeca Afonso,
Filhos predilectos da terra dos cravos
Que jamais se venderam, amado Abril!
Foto retirada de: http://www.lab-br.com.br/2012/filme_sinfonia_da_necropole.php
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